O mundo LGBTQ+ tem uma imensa diversidade de personagens, histórias e formas de expressão. Entre as diversas opções, um dos gêneros que tem conquistado cada vez mais espaço é o amador gay. São filmes feitos com poucos recursos, muitas vezes sem roteiro definido, gravados em lugares simples e que apostam na autenticidade daquilo que é retratado.

Se você ainda não conhece os filmes amadores, eu recomendo que experimente. E, para isso, vou indicar o meu amador gay favorito. É um filme que já vi diversas vezes e ainda sinto aquela emoção na hora de assistir.

O filme em questão chama-se Um coração que bate, dirigido por Marcos Contreras em 2007. Ele conta a história de dois jovens que se conhecem pela internet e decidem marcar um encontro em um lugar público. Ao longo do filme, acompanhamos a construção dessa relação e as dificuldades que eles enfrentam por morarem em cidades diferentes.

O que torna esse filme tão especial é a simplicidade com que trata do amor entre pessoas do mesmo sexo. Não existe um drama exagerado, nem discursos panfletários. Há apenas a história de duas pessoas que se gostam e querem ficar juntas.

Além disso, a qualidade técnica do filme não prejudica em nada a experiência de assisti-lo. Ao contrário, é como se a câmera estivesse acompanhando toda a trajetória desses personagens de maneira natural e discreta.

O que mais me emociona em Um coração que bate é a mensagem de esperança que ele transmite. As dificuldades que esses jovens enfrentam não são ignoradas, mas também não são o foco da história. O que importa ali é a vontade de ficar junto, de construir uma relação saudável e afetiva.

Por isso, é um filme que recomendo a todos que queiram conhecer mais sobre a cultura brasileira LGBTQ+ e a diversidade de histórias e experiências que existem dentro dela. Mais do que isso, é um filme que nos lembra do poder transformador do amor e da importância de lutarmos por ele.

Assistir a filmes amadores como esse é uma forma de se conectar com a comunidade LGBTQ+ e de explorar a nossa própria sexualidade. São histórias que nos afastam de estereótipos e nos lembram da complexidade e da beleza de ser quem somos.

Portanto, se ainda não deu uma chance aos filmes amadores, eu recomendo que experimente. Escolha uma história que te emocione e se permita ser levado por ela. Afinal, o amor não conhece fronteiras ou barreiras, não é mesmo?